Especialização garante ao profissional a possibilidade de atuar em uma área específica e mais vagas na área da medicina
A residência médica é o momento de colocar em prática o que foi estudado ao longo do curso de medicina. Funciona como uma pós-graduação para os futuros médicos, na qual poderão acompanhar profissionais especialistas em diferentes áreas e assim decidir no que desejam atuar.
Quem decidiu estudar medicina certamente anseia pelo momento e se pergunta como é a residência médica. Assim, confira abaixo mais detalhes e como funciona essa pós-graduação.
Como é a residência médica
O Conselho Federal de Medicina define a residência médica como “uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos. Quando cumprida integralmente, dentro de determinada especialidade, confere ao médico-residente o título de especialista”.
O programa existe desde 1977, sendo gerenciado pelo MEC (Ministério da Educação). Mais de 900 instituições fazem parte e oferecem mais de 6 mil programas de residência médica.
Prova e entrevista para ingressar
O processo seletivo da residência consiste em uma prova teórica seguida de análise de currículo e entrevista. Se for aprovado, o profissional pode ingressar na residência. Vale comentar que a prova contém 100 questões de diferentes áreas da medicina, exigindo bastante estudo.
Tudo começa na aprovação
Para entrar no programa é preciso ser aprovado em um processo seletivo. Após essa conquista, o residente deve se preparar para um período de alta dedicação. São 60h semanais dedicadas ao aprendizado, com foco na prática, apesar de existir a parte teórica.
Residente também tem direitos
Por mais que ainda não tenha concluído seus estudos, o médico residente tem seus direitos, afinal, vai atuar no hospital e precisa de descanso. Assim, é garantido por lei que o profissional tenha descanso de 6h após plantão noturno de 12h, ao menos uma folga semanal, 30 dias de férias a cada 1 ano.
Bolsa residência médica
Um dos benefícios recebidos pelo residente é a bolsa residência médica. Como ele ainda não é um profissional especializado, atua auxiliando alguém formado na área, porém ainda tem direito de receber por isso. A bolsa serve para cobrir as despesas enquanto está concluindo sua formação.
Especialização com acesso direto
Outro detalhe interessante é sobre o acesso às especializações. Se é sua primeira residência, você terá que escolher entre as opções de acesso direto, como dermatologia, medicina do trabalho e infectologia. Cirurgia geral e clínica médica também podem ser escolhidas.
Quem tem interesse em cardiologia, urologia e pneumologia, por exemplo, terá que concluir a primeira residência e ingressar depois na nova especialização.
Os tipos de especializações médicas
Apesar de muitas instituições fazerem parte e serem reconhecidas pelo MEC como parte da residência médica, o número de especializações se restringe a 55. Vão desde alergia e imunologia até psiquiatria. Só não se esqueça de conferir se precisa da especialização prévia.
Médico pode atuar sem residência médica
A residência médica é voltada para o profissional se especializar em determinada área, porém, não é obrigatória. Acontece o mesmo que em outras profissões, trata-se de uma pós-graduação e é interessante para dar mais credibilidade e conquistar espaço no mercado.
No entanto, se desejar atuar no atendimento clínico, após concluir os seis anos de graduação já é permitido fazer isso. Geralmente estes profissionais atuam na Clínica Geral ou saúde da família e, ao identificar determinado problema, podem encaminhar para o especialista.
As principais vantagens de fazer a residência médica
A maioria dos médicos recém-graduados opta por fazer a especialização, pela possibilidade de encontrar mais vagas no mercado de trabalho. Além disso, dedicar esses anos a mais para uma área específica traz vantagens como:
- Reconhecimento no mercado;
- Oportunidades de crescimento na área médica;
- Bolsa de estudos para lidar com os custos da residência;
- Aprendizado na prática ao lado de profissionais renomados.
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