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Conheça as regiões mais afetadas pelo desemprego no Brasil e veja se você reside em alguma delas!

desemprego no Brasil

O desemprego no Brasil tem crescido de forma substancial. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as principais regiões onde foi possível observar uma maior alta no desemprego foram as regiões Nordeste e Norte, principalmente no primeiro trimestre do ano de 2021, alcançando uma taxa de 14,7%, ou seja, mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas nessas regiões. Trata-se de um número recorde desde o início da medição, que começou em 2012. No final do ano de 2020, a taxa de desocupação no norte do país pulou de 12,4% para 14,8%. Já no nordeste, a taxa que era de 17,2% pulou para 18,6% neste mesmo período. Esses são números considerados pelos especialistas como as maiores taxas desde o início da medição.

Quanto às demais regiões do país, o número de desemprego ficou estável. No que tange ao norte e ao nordeste, houve um aumento significativo no número de pessoas que estão em busca de um emprego, principalmente a primeira oportunidade de trabalho, fazendo com que essas taxas acabassem subindo de forma exponencial. As taxas referentes à região Sudeste se mantiveram em 12,5%. No Centro-Oeste, local onde é possível identificar as menores taxas de desemprego, chegaram até 8,5%. Por fim, na região Sul, essas taxas alcançaram um patamar de 15,2%. A seguir, falaremos um pouco mais sobre o desemprego no Brasil e as suas principais causas. Portanto, para saber mais, continue lendo o texto e tire todas as suas dúvidas.

Desemprego no Brasil

Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países com maior taxa de desemprego no mundo. Estamos atrás de países como a Grécia, que possui uma taxa de desemprego de 3,8%; da Espanha, com uma taxa de desemprego de 14,6% e da Costa Rica, que conta com uma taxa de desemprego de 15,2%. A taxa de desemprego no nosso país é pelo menos o dobro da taxa média de desemprego em todo mundo, que chega a um número de 6,5%. Trata-se da pior taxa de desemprego entre todos os países que fazem parte do chamado G-20.

Números reais

Antes da pandemia que afeta praticamente o mundo inteiro, a taxa de desemprego em nosso país chegou a medir 12%. No entanto, devido à pandemia e aos fatores externos que acabaram contribuindo para o aumento nesse número, o país chegou a somar uma taxa que corresponde a 13,2% no número de desempregados. Em números reais, podemos dizer que o país registra atualmente pelo menos 13.000.000 de pessoas que estão fora do mercado de trabalho. Além do mais, some-se a isso o fato de que o rendimento ou salário dos brasileiros caiu cerca de 3,4% no ano passado. O salário médio que antes era de R$2292 passou para R$2213.

Impactos da inflação

Outro ponto que merece destaque e acaba contribuindo de forma negativa para a economia do país é sem dúvidas a inflação. Isso porque devido à pandemia, o preço de praticamente todos os itens do mercado subiu de maneira desenfreada, atingindo bens de consumo, bens móveis e imóveis, além de praticamente qualquer coisa que fosse comercializado no país.

Com isso, o mercado financeiro do país acabou aumentando a estimativa relacionada à inflação para o ano de 2022. Desse modo, que passaria pela primeira vez a casa dos dois dígitos. De acordo com especialistas, esse número pode chegar até 12,5% entre janeiro de 2022 até dezembro do mesmo ano.

Desemprego no Norte e Nordeste

As regiões Norte e Nordeste registraram um aumento no número de pessoas desempregadas no último trimestre do ano. De acordo com informações colhidas do IBGE, o número de desempregados na região norte chegou a ultrapassar mais de 1,2 milhão de pessoas, ou seja, houve um aumento de pelo menos 180 mil novos desempregados. Já região Nordeste, responsável por abrigar o maior número de desempregados do país, já soma pelo menos 4,4 milhões de pessoas que estão fora do mercado de trabalho. Por fim, acrescendo mais de 370.000 pessoas no último semestre de 2021.

Especialistas afirmam que tanto a região norte quanto a região Nordeste são bastante conhecidas pelo grande número de pessoas que trabalham na informalidade, ou seja, pessoas que não realizam nenhum tipo de contrato que o fazem apenas de “boca”.

Ainda de acordo com informações publicadas pelo IBGE, a taxa de informalidade na região norte é de 55%, enquanto na região Nordeste esse número chega a 53,3%. Ambos os estados apresentam uma taxa muito acima da média do país, que é de 39,6%. Sendo assim, nosso país conta com mais de 34 milhões de pessoas que trabalham informalmente. Assim, enquanto 10 milhões delas estão localizadas no nordeste e outros 3 milhões no norte.

Desemprego de acordo com a raça

Outro índice que merece destaque diz respeito à taxa de desocupação entre pessoas de diferentes raças. De acordo com o IBGE, essa taxa é de 11,9% entre os brancos, algo muito abaixo de toda a média nacional, que chega a 14,7%. Já as pessoas pardas somam 16,9% de taxa de desocupação, enquanto os negros atingem um patamar de 18,6%. Conforme apontam os sociólogos, os números apresentados são responsáveis por refletir o racismo estrutural que existe em nosso país, algo que se tornou muito mais comum e aprofundado devido à crise que a pandemia de coronavírus provocou. E significa dizer que a taxa de desemprego em relação a uma pessoa branca é mais de 50% menor em comparação com uma pessoa negra ou parda.

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Desemprego no Brasil de acordo com o gênero

Já o índice de desemprego de acordo com o gênero é um pouco menos evidente. Segundo os índices, as mulheres são responsáveis por representar pelo menos 46% do número de pessoas empregadas em nosso país, enquanto também são responsáveis por representar 54% de todo o número de pessoas que estão buscando uma oportunidade de emprego. Por fim, em relação aos homens, a taxa de desocupação é de 2,2%, e para as mulheres, essa taxa de desocupação é de 19,9%.

Logo, esses índices conseguem evidenciar que a taxa de desemprego por parte das mulheres é quase 40% maior em relação aos homens e ela continua crescendo ao longo do tempo, demonstrando que as mulheres estão perdendo postos de emprego e deixando de ocupar lugares de destaque nas empresas. Por fim, tudo isso ocorre ainda que as mulheres apresentem um nível de qualificação melhor, escolaridade mais alta e mais competências no desempenho de determinadas funções.