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Mercado de trabalho pede líderes mais sensíveis e humanos, entenda

relações de trabalho

Pandemia acelerou mudanças nas relações de trabalho e escancarou a necessidade de mudanças nas lideranças das empresas

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O mundo vem passando por intensas transformações nos últimos anos. Basta observar as novas relações de trabalho, marcadas profundamente pelo uso das novas tecnologias, como internet e redes sociais.

Nesse sentido, houve uma mudança também na noção de perfil adequado de um chefe – que já não pode manter uma mentalidade arcaica de se achar o dono. Tal mudança permite que habilidades de liderança, comunicação e inteligência emocional, por exemplo, ganhem um novo patamar.

Sendo assim, é preciso que haja uma verdadeira revolução no campo das lideranças à frente das mais diversas empresas pelo Brasil e pelo mundo. Isso permitirá que os trabalhadores tenham seus anseios atendidos e, em contrapartida, ofereçam um trabalho de melhor qualidade.

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Relações de trabalho precisam ser alteradas

A pandemia do novo coronavírus consolidou uma realidade que, até então, era praticamente inédita aqui no Brasil: o home office. Com a necessidade do isolamento, muitas empresas adotaram o regime de trabalho remoto de modo a evitar a propagação do vírus.

Atualmente, com a alta cobertura vacinal em todo o país e a tendência pela flexibilização das medidas sanitárias, o trabalho presencial pôde ser restabelecido. Mas fica a pergunta: será que todos os funcionários querem voltar ao presencial ou preferem o regime remoto, ou até mesmo híbrido?

Essa e outras questões, que abrangem o cuidado com as pessoas que trabalham em uma empresa, devem receber mais atenção. Não à toa, em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde classificou a Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento Profissional) como questão ocupacional.

Os números despertam um alarme para a maneira como as lideranças de empresas têm tratado seus colaboradores, especialmente no que tange à saúde mental. Uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) revelou que 32% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema.

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Líderes precisam se readequar

Para que as relações de trabalho sejam, de fato, alteradas, é preciso que haja um movimento interno dentro das empresas, partindo de um ponto estratégico: suas lideranças. Não é possível falar em mudança no ambiente de trabalho sem que a própria chefia não se adeque à realidade em questão.

A consultora global Great Place to Work (que classifica as melhores empresas para se trabalhar) fez uma pesquisa recente, com gestores e lideranças de recursos humanos, e identificou a preocupação com a capacitação dos líderes como forma de obter melhores resultados, bem como aprimorar o ambiente organizacional.

Isso ficou ainda mais claro com o seguinte número: 94,3% dos entrevistados pretendem investir exatamente na capacitação dessas lideranças. É nesse sentido que se percebe uma tendência do mercado em pedir por líderes mais sensíveis e humanos.

Tais características, apontadas como urgentes nas relações entre patrão e empregado, são conhecidas como soft skills ou habilidades comportamentais. Trata-se de capacidades que fazem parte da personalidade de uma pessoa, mas que podem ser adquiridas ou trabalhadas por meio do autoconhecimento.

Mudanças no perfil do líder

Atualmente, entre as principais soft skills desejadas por um bom líder podemos citar a comunicação, flexibilidade, visão estratégica, alinhamento cultural, resiliência, inteligência emocional e, é claro, liderança. Este último vai muito além do mero “dar ordens”, pois implica na prática de todas as demais habilidades mencionadas.

Não à toa, 49,2% dos entrevistados colocaram a questão da comunicação interna como algo importante a ser trabalhado dentro da empresa. A diretora de conteúdo e relações institucionais do Great Place to Work, Daniela Diniz, em entrevista ao site GZH, disse que as empresas que não mudarem podem perder espaço no mercado.

“Aquele líder que era mais pautado em uma gestão de comando e controle, que acredita que feedback não é importante, que acha que saúde mental é ‘mimimi’, que não entende de diversidade, precisa aprender a se desenvolver nessas temáticas”, conclui Daniela.